Os líderes precisam começar a pensar como agente de mudanças. A questão não está somente em como adquirir novos conceitos e habilidades, mas também em como desaprender o que não é mais útil à organização, e isto envolve ansiedade, atitude defensiva e resistência a mudanças. É preciso refletir sobre os modelos administrativos existentes em algumas organizações, que não permitem a implementação dos conceitos de liderança por manterem uma cultura mecanicista, em que predomina o papel do chefe ou do gerente voltado apenas para o acompanhamento dos processos e obtenção dos resultados.

A mudança deverá começar pelo comportamento do líder e pela incorporação de novas definições nos processos e rotinas organizacionais. Como agente de mudança, precisa aceitar, de forma corajosa, romper com conceitos ultrapassados da cultura organizacional e dar início a um novo processo de construção cultural, mediante novos procedimentos. Surge, assim, a importância do líder transformacional caracterizado pela capacidade de realizar mudanças, inovações e redes de relacionamentos.

Ele incentiva seguidores não apenas para guiarem-se por ele de modo pessoal, mas para acreditarem na visão da transformação organizacional, e dedicarem-se à nova visão e auxiliarem a constituir um novo processo, comprometendo-se com os resultados alcançados. O líder deve ser persistente para conduzir a organização em direção a uma nova maneira de fazer as coisas e de pensar. Os líderes eficazes dos próximos anos deverão ter fortes valores e fé na capacidade de crescimento das pessoas. Serão capazes de construir uma imagem da sociedade na qual gostariam que as suas organizações e eles mesmos a vivessem.

Ouvir e ensinar

A atenção e percepção sobre as necessidades das pessoas são factores fundamentais para o Líder. Muitos problemas podem ser identificados por quem escuta com atenção. Além de estar atento ao conjunto de palavras, é necessário perceber os pedidos de ajuda, explícitos ou não. Portanto, o Líder deve ouvir com interesse a verdade do colaborador, especialmente quando a opinião for diferente da sua. O Líder deve estar aberto para transmitir seus conhecimentos sem ter medo da .sombra., ou seja, sem temer que seus exemplos possam ser uma ameaça para si próprio. Assim, deve procurar constantemente o seu desenvolvimento, agregando cada vez mais conhecimentos, para estar actualizado e poder repassar essas informações aos seus colaboradores.

Compartilhar responsabilidades

1.    O Líder deve assumir a responsabilidade de analisar, juntamente com os colaboradores, as situações inesperadas, e então redirecionar os planos de acção sempre que for preciso.

2.    A responsabilidade pela obtenção de resultados nos projectos efetuados pelas pessoas deve ser calculada num compromisso mútuo.

3.    A responsabilidade como as realizações deve ser compartilhada entre o Líder e as pessoas, uma vez que é imprescindível uma condução adequada nos projectos, bem como uma definição clara daquilo que é possível fazer.

Dirigir as pessoas

1.    O Líder analisa, juntamente com as pessoas, as situações que interferem na condução dos projetos e redireciona os planos de a acção sempre que for necessário. O Líder oriente para o melhor caminho a seguir, em relação ao desenvolvimento técnico, necessário para o desempenho das actividades, Nesse caso, terá que desenvolver algumas habilidades próprias para levar adiante os objectivos pretendidos, com determinação, paciência e convicção.

2.    As pessoas, quando passam por um processo de mudança, naturalmente tendem a resistir a o novo paradigma, por inúmeros motivos.

a.     O principal deles é o desconhecido,

b.    Que afecta a rotina já estabelecida,

c.     A aprendizagem de coisas novas, que poderá interferir em sua .zona de conforto. e na acomodação uma situação já conhecida.

3       O Líder precisa ter argumentações convincentes que direcionem para a aceitação de novos paradigmas, diminuindo resistências e conduzindo esforços para que um novo modelo possa ser desenvolvido e implementado, de acordo com os objectivos traçados.

Saber reter talentos

O maior desafio das organizações é gerir seu capital intelectual, criando condições para o seu constante desenvolvimento. O Líder pode ajudar as pessoas na obtenção de novos conhecimentos, no desenvolvimento de novas habilidades e na busca da aprendizagem constante. Assim, surgem os talentos que precisam ser mantidos na empresa para contribuir para as novas formas de trabalho e promover resultados competitivos no mercado. O Líder pode estimular a trajetória do profissional, reforçando positivamente os comportamentos desejados e estimulando cada vez mais a procura da aplicação dos seus conhecimentos.

Habilidades do Líder

O trabalho do líder envolve mais do que determinação. É preciso ter visão, compromisso, comunicação, integridade, realidade e intuição. O líder é antes de tudo um visionário (excêntrico), pois se permite projetar o futuro e se compromete a realizá-lo. A responsabilidade gera responsabilidade, poder e confiança, fazendo com que as metas estabelecidas possam ser atingidas

Outro factor importante na liderança é a comunicação, que significa manter as pessoas informadas, dando e recebendo feedbacks adequados, explicando decisões com franqueza e transparência. O líder tem um papel predominante de comunicador, devendo expressar de forma clara as convicções e os valores do ambiente em que actua. É preciso que transmita uma direcção firme, envolvendo todos numa causa única e criando um clima de confiança, que permita a troca de feedback, em que a crítica é encarada como uma forma de crescimento interpessoal.

A boa comunicação transmite mensagens claras, que concorrem para que as pessoas trabalhem produtivamente e de forma harmoniosa, sem incompreensões e interpretações equivocadas (iludidas). Por isso, é preciso que o líder saiba lidar com situações em que é necessário o levantamento de informações adequadas e fidedignas para que possa tomar decisões acertadas.

A comunicação interpessoal depende da actuação directa das pessoas com as pessoas. Por isso os líderes precisam fomentar à volta dos colaboradores satisfeitos, inspirando confiança, respeito e espírito de equipa, sendo receptivos e levando adiante as melhores ideias, promovendo maior responsabilidade e alcance dos objectivos

Para ser um líder, é necessário desenvolver atitudes e habilidades que auxiliem na condução de um grupo de pessoas, procurando tomar decisões e acções acertadas, tendo em mente objectivos orientados para os resultados. Por tanto, uma inteligência privilegiada não basta. É necessária a combinação com outras qualidades pessoais:

1.    Como espírito popular,

2.    Entusiasmo pelo trabalho em equipa,

3.    Habilidade em inspirar confiança,

4.    Competência técnica,

5.    Habilidade de delegação,

6.    Controlo emocional, autenticidade,

7.    Compreensão da natureza humana,

8.    Respeito pelo ser humano,

9.    Habilidade em propor e estimular ideia, habilidade em ensinar e despertar melhores talentos.

Os três factores que interagem acabam produzindo resultados.

·       A intensidade da supervisão do líder em relação aos funcionários;

·       A intensidade do apoio que o líder proporciona aos funcionários;

·       A habilidade dos empregados para desempenhar actividades, funções e atingir os objectivos.

Hoje, a empresa reconhece que, para assegurar sua perenidade no mercado, deve construir sua reputação assumindo responsabilidades, sendo ética e transparente, agregando valor à sua marca.

Essas responsabilidades se expressam no termo responsabilidade social empresarial, definida como "a forma de gestão que conduz à relação ética e transparente da organização com todas as suas partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável".

O que é gestão de cozinha e para que fins:
Diante da imensa diversidade que ocorre no universo das indústrias, além das possibilidades e limites para a prática da responsabilidade social, há diversas etapas ou estágios a serem percorridos no decorrer de um processo que não se encerra. Não há padrão ideal a ser alcançado, a não ser o da melhoria contínua. A ideia fundamental é de que a empresa persiga seu objectivo primeiro e maior - o lucro - por meio de uma gestão socialmente responsável.